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Balística interna: o que acontece entre o disparo e a saída do projétil

20 JUN 2025

Por trás de cada disparo de arma de fogo, existe um intricado processo físico e químico que acontece em frações de segundo, invisível a olho nu, mas determinante para o sucesso do tiro. Esse conjunto de eventos é estudado pela balística interna, disciplina responsável por entender tudo o que ocorre desde o instante em que o gatilho é pressionado até o momento em que o projétil deixa o cano.

O início da reação em cadeia

Tudo começa com o impacto do percussor na espoleta, gerando uma chama que inflama o propelente. A combustão da pólvora gera uma expansão abrupta de gases, forçando o projétil para frente.

Essa transição inicial, entre o estojo e o início do cano, é chamada de “salto”. Esse pequeno intervalo é crítico para a estabilidade e segurança do disparo, pois qualquer desalinhamento pode comprometer a precisão e provocar pressões indesejadas.

Raias, pressão e vibração

À medida que o projétil avança, ele encontra o raiamento: sulcos em espiral que imprimem rotação, assegurando estabilidade durante o voo. O design dessas raias — seu passo, profundidade e direção — influencia diretamente o desempenho balístico.

Ao mesmo tempo, o cano reage à pressão dos gases: ele vibra, torce e flexiona, o que gera o fenômeno conhecido como harmônicos do cano. Essas microdeformações são cuidadosamente estudadas na engenharia armamentista para garantir consistência nos tiros.

O cano é dividido em três seções funcionais: a câmara, onde ocorre o pico de pressão inicial; o corpo, onde se atinge a velocidade máxima do projétil; e a coroa, na extremidade, cuja simetria garante que os gases escapem uniformemente. Uma coroa imperfeita pode comprometer a trajetória do projétil logo ao sair da arma.

A pólvora e o equilíbrio do carregamento

Um dos elementos mais sensíveis na balística interna é a dosagem e tipo da pólvora utilizada. A relação entre o volume do estojo e a massa do propelente — chamada densidade de carregamento — é vital.

Uma carga mal balanceada pode causar queimas irregulares, aumento de pressão interna ou até falhas catastróficas. Já a escolha correta garante eficiência energética e menor desgaste do equipamento. Por isso, pólvoras modernas são formuladas com base nas características específicas da arma e do cano.

Particularidades das espingardas

No caso das espingardas, que possuem alma lisa, a balística interna segue princípios distintos. Nelas, projéteis múltiplos são usados, e o controle da dispersão é feito por meio de chokes — dispositivos fixados na extremidade do cano.

Chokes abertos oferecem ampla dispersão para tiros a curta distância, enquanto os mais fechados concentram os bagos, aumentando o alcance útil. A escolha do choke correto é decisiva para a efetividade do disparo em cada situação.

Mais precisão e segurança com conhecimento

A loja Rio Bravo Armas, de Duque de Caxias (RJ), reforça que a balística interna está no centro da performance de qualquer arma de fogo. Conhecer os fatores que influenciam o comportamento do projétil dentro do cano é essencial para quem deseja tirar o máximo proveito do equipamento — seja para competições, caça ou defesa.

Dominar esse conteúdo permite que o atirador entenda melhor seu armamento, previna falhas e atue com mais eficiência e segurança.

Para saber mais sobre balística interna, acesse: 

https://sanarmed.com/resumo-de-balistica-forense-interna-de-efeitos-e-externa/

https://cctrb.org.br/balistica/

Se você se interessou por esse assunto, saiba mais em:

https://riobravoarmas.com.br/publicacao/balistica_terminal 


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