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A disputa olímpica do tiro esportivo e a história do Brasil nesse pódio

12 MAR 2025

O tiro esportivo é uma das modalidades mais antigas do programa olímpico moderno, estando presente desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, em Atenas. Desde então, o esporte passou por diversas transformações, tanto no formato das provas quanto na inclusão de mulheres e no aperfeiçoamento das regras.

Atualmente, a competição é dividida em 15 modalidades, organizadas em três grandes categorias: pistola, carabina e tiro ao prato. Cada uma dessas provas exige concentração, controle emocional e alta precisão, fazendo do tiro esportivo um dos esportes mais técnicos do cenário olímpico.

A história do tiro esportivo nas Olimpíadas

Embora a prática do tiro como competição tenha origens muito anteriores aos Jogos Olímpicos modernos, foi no século XIX que o esporte se consolidou, impulsionado por clubes especializados e torneios internacionais. O tiro esportivo estreou nos Jogos de Atenas 1896, mas ficou ausente em duas edições: Saint Louis 1904 e Amsterdã 1928.

Inicialmente, as provas eram disputadas exclusivamente por homens. Somente em 1968, as mulheres puderam competir, mas em categorias mistas. Foi apenas em 1984 que foram criadas modalidades femininas exclusivas, garantindo maior representatividade no esporte.

Um dos momentos mais marcantes na história do tiro esportivo ocorreu nos Jogos de Montreal 1976, quando a americana Margaret Murdock se tornou a primeira mulher a conquistar uma medalha olímpica no tiro esportivo, levando a prata em uma prova mista de carabina.

Outro fato curioso ocorreu nos Jogos de Paris 1900, quando o tiro ao pombo vivo foi incluído na programação – o que gerou grande controvérsia. Essa foi a única edição em que animais vivos foram utilizados como alvos, sendo rapidamente substituídos pelos pratos de argila, que são usados até hoje.

O Brasil no tiro esportivo olímpico

O Brasil teve um papel de destaque no tiro esportivo logo em sua primeira participação olímpica. Nos Jogos de Antuérpia 1920, o país conquistou suas primeiras medalhas na história das Olimpíadas.

  • Afrânio da Costa levou a prata na pistola livre 50 metros.

  • Guilherme Paraense entrou para a história como o primeiro brasileiro a conquistar um ouro olímpico, vencendo a prova de pistola rápida.

  • A equipe brasileira ainda faturou o bronze na prova de pistola livre por equipes.

Após essa conquista histórica, o Brasil enfrentou décadas sem subir ao pódio na modalidade. Esse jejum só foi quebrado em 2016, nos Jogos do Rio de Janeiro, quando Felipe Wu conquistou a prata na pistola de ar 10 metros.

Nos últimos anos, o país tem investido no treinamento de novos talentos, e a expectativa é que o tiro esportivo brasileiro continue evoluindo nas próximas edições dos Jogos Olímpicos.

As modalidades do tiro esportivo nas Olimpíadas

O tiro esportivo conta com três categorias principais: pistola, carabina e tiro ao prato. Cada uma possui regras próprias e exige habilidades distintas dos competidores.

Pistola

As provas de pistola exigem grande precisão e controle manual, pois o atleta deve realizar os disparos com apenas uma mão. As provas são disputadas em 10 e 25 metros.

  • Pistola de ar 10 metros (masculino, feminino e equipe mista) – O alvo tem 15,5 cm de diâmetro, sendo o centro com apenas 11,5 mm.

  • Pistola 25 metros (feminino) – Consiste em 60 disparos, alternando entre fases de precisão e velocidade.

  • Pistola de tiro rápido 25 metros (masculino) – Os atiradores precisam atingir cinco alvos a 25 metros, em tempos progressivamente menores.

Carabina

As provas de carabina demandam estabilidade corporal e extrema concentração, já que os disparos são feitos a distâncias maiores.

  • Carabina de ar 10 metros (masculino, feminino e equipe mista) – Atiradores usam carabinas de ar comprimido para acertar alvos com 4,5 cm de diâmetro.

  • Carabina 3 posições 50 metros (masculino e feminino) – Os competidores realizam disparos em três posições diferentes: em pé, ajoelhado e deitado.

Tiro ao Prato

O tiro ao prato é a única categoria onde os alvos são móveis, exigindo dos competidores reflexos rápidos e excelente coordenação motora.

  • Fossa Olímpica (masculino, feminino e equipe mista) – Os pratos são lançados em trajetórias imprevisíveis, e os atiradores precisam reagir rapidamente.

  • Skeet (masculino e feminino) – Os pratos são lançados de torres opostas, exigindo que os atletas façam disparos precisos antes que os alvos se distanciem.

Conclusão

O tiro esportivo é uma modalidade de longa tradição nos Jogos Olímpicos, exigindo habilidade, paciência e concentração extrema. Desde sua estreia em 1896, o esporte passou por inúmeras mudanças, tornando-se mais inclusivo e tecnológico.

Para o Brasil, a modalidade tem um significado especial, pois foi responsável pelas primeiras medalhas olímpicas do país. Com o crescente interesse pelo esporte e a profissionalização dos atletas, o futuro do tiro esportivo promete novas conquistas e reconhecimento internacional. Essa é a expectativa e a torcida de toda a equipe da loja Rio Bravo Armas, de Duque de Caxias! 

Para saber mais sobre tiro esportivo nas Olimpíadas, acesse: 

https://ge.globo.com/olimpiadas/guia/2024/07/25/c-tiro-esportivo-regras-modalidades-historia-e-curiosidades.ghtml

http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/modalidades/tiro-esportivo


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